Atualizado:

Você resolve cortar o cabelo e depois… não gosta. “Não venha me dizer que cabelo cresce!”, foi a legenda que a psicóloga Graziela Velame escolheu para a foto do #tbt em que ainda exibia os cabelos compridos. Ela tinha acabado de aderir ao long bob e ficou linda, mas…
VEJA MAIS:
Você se arruma para quem? Para tirar selfie?
A verdade por trás da busca do novo visual
Linda ou inteligente: quem você prefere ser?
Tem frase mais nada a ver quando a gente se arrepende de cortar o cabelo? Não, ainda mais sabendo que o processo de crescimento vai levar de um a dois anos, a depender do quão radicais foram as tesouradas.
De maneira geral, fazemos coisas das quais nos arrependemos quando desconhecemos a nossa agenda oculta, quando agimos de acordo com um desejo momentâneo que vai contra algum princípio básico.
A verdade sobre o poder do cabelo comprido
O arrependimento indica que você não estava preparada para abrir mão de um benefício que o cabelo longo trazia.
De Maria Madalena a Rapunzel, cabelos longos são um ícone poderoso do que, ao longo da existência humana, vem-se convencionando chamar de “feminino”.
Instantaneamente, o cabelão evoca sensualidade, sensibilidade, flexibilidade e vulnerabilidade; significava, no tempo das cavernas, ter por onde ser agarrada…
Tive de pensar sobre isso nas férias, em Portugal. Elogiei o cabelo da minha amiga Gláucia e ela mostrou que era um aplique. Comprei o meu próprio cabelão por 100 euros, inicialmente decidida a aparar as pontas; apenas queria um pouco de volume.
Só que não.
Quando me vi Pocahontas no espelho, automaticamente adotei uma atitude mais sexy e romântica. Entendi que nem mesmo a mulher empoderada dos anos 2010 está totalmente livre do estereótipo de feminilidade. A liberdade reside na opção e na diversão.
Nenhuma decisão relativa à imagem pessoal é despretensiosa, ainda que seja inconsciente. Um exercício rápido sobre ganhos e perdas para ajudar você.
Como despertar o mesmo poder atribuído ao cabelo longo com qualquer tipo de cabelo (até zero cabelo)
Não estou falando da fivelinha, das tiaras e dos lenços que ajudam a suportar a longa espera, centímetro a centímetro, mês a mês… Aqui, o que vale são as estratégias comportamentais que podem restaurar o valor perdido.
Se você quer imprimir movimento ao seu visual, que tal usar mais cores? Se quer parecer atraente, que tal sorrir mais? Se quer ser mais sexy, experimentou andar com menos pressa? Se acha que perdeu romantismo, graça ou juventude, por que não criar uma playlist inspiradora, dizer bom dia a um estranho, brincar com uma criança ou encher a casa de flores?
Ao invés de chorar pelas madeixas derramadas, exercitar o autoconhecimento e aplicá-lo às outras áreas da vida, como a carreira e os relacionamentos, parece ser o antídoto contra toda forma de apego.
Como a gente sempre diz aqui: o que você busca expressar por meio da sua imagem revela muito sobre a pessoa que quer se tornar. Mudanças no cabelo serão um sucesso quando refletirem um combinado poderoso entre a sua essência e o seu mais novo desafio.
A contadora de histórias Marina Bastos aprendeu essa lição. Ela diz não se arrepender de ter cortado mais 20 cm da cabeleira. “Queria mudar, transformar a energia para dar lugar a novas experiências”, explica.
Doar foi um motivador extra para cortar o cabelo. Saber que uma mulher vai se sentir mais plena ostentando o cabelo que já fez você feliz afasta a sensação de perda. Compartilhar é uma forma de multiplicar poder.

é business coach, psicóloga e jornalista. Promove o empoderamento feminino por meio de coaching, palestras, mentoria e consultoria para marcas. Integra o time do psiquiatra e autor best seller Roberto Shinyashiki, palestrando para milhares de pessoas em eventos no Brasil, em Portugal e no Japão. É facilitadora do programa Cresça com Google – Womenwill em parceria com a Rede Mulher Empreendedora, com os temas Liderança Feminina e Comunicação Assertiva.
Deixe seu Comentário